Hoje acordei sentindo uma imensa saudade de ti.
Procuro em mim as tuas imagens, mas és como um rio que corre pela minha vida:
a água que passou, não é mais a que passa. O mesmo rio, mas não a mesma água.
E a cada momento de saudade, "esburaca-se" mais o meu peito.
Estranha esta sensação: sedento nas margens de um rio.
Hoje acordei sentindo uma enorme saudade tua.
É como se a tua invisibilidade me abraçasse, mas o acalanto longínquo, distante.
Como estar esfomeado de vida e só sentir os aromas da ambrósia.
Aumenta a sede, a fome, o apetite e a saudade.
Hoje fui acordado pela Saudade
Acordou-me a Saudade com palavras estranhas:
"Só os que amam sentem a minha presença."
Acordou-me a Saudade com palavras singulares:
"Não me guardes no peito, solta-me em palavras."
Senti a presença, soltei as palavras...
Mas a Saudade tinha enlouquecido de saudades.
Não as podendo "matar", definho com elas...
(Henrique Moreira - 2010)
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